RESCALDO 8º PASSEIO DO INATEL DO CAMPO BRANCO AO MAR.

Por: João Santos

DILÚVIO DESDE CASTRO VERDE ATÉ ALBUFEIRA.
8º PASSEIO DO INATEL DO CAMPO BRANCO AO MAR.

O dia, já se sabia, iria ser carregado. As previsões eram as piores, nuvens negras pairavam nos céus, mas cicloturistas de Tavira, Almodôvar, Portimão, da Sete, Albufeira, Vila Real de Santo António, Loulé e da Torre Natal enfrentaram sem temor as péssimas condições climatéricas.
Choveu incessantemente desde Castro Verde até à chegada a Albufeira. Não foi infelizmente uma organização exemplar, a de hoje. Digo-o sem qualquer intenção pejorativa, antes sim no sentido de se poder vir a melhorar em futuras edições deste passeio. Até porque é uma prova que agrada aos cicloturistas e esperamos voltar no próximo ano, e agradecemos ao Inatel o seu empenho em realizar este evento para nós.
No futuro o Inatel deverá requisitar a colaboração da Associação de Ciclismo do Algarve ou de um clube, enfim, alguém com experiência nestas coisas, no sentido de controlar melhor o decorrer do passeio.
Deixou-se partir muitos ciclistas após o abastecimento, à frente das motos da GNR, o que para além de ser perigoso, originou que o pelotão se tivesse fraccionado completamente, sendo que quem não se apercebeu desta situação se viu de repente sozinho, a pedalar debaixo de chuva intensa, desde Santana da Serra até Albufeira. E todos nós, os que andamos nisto, sabemos como é difícil pedalar só, sem estar integrado num grupo, o desgaste é muito superior, e a distância em relação aos da frente tende a aumentar com a passagem dos quilómetros, sendo que ainda por cima tínhamos vento.
A agravar este estado de coisas não foi providenciado um carro-vassoura. Mesmo a ambulância, que era suposto seguir atrás do último corredor, preferiu seguir junto com o grupo da frente. E se alguém tivesse caído lá para trás? E se alguém tivesse sofrido um enfarte ou coisa semelhante? Houve quem tivesse ficado com uma avaria na bicicleta e deixado só com o seu infortúnio. Isto não pode acontecer.
Volto a dizer que não desejo tecer críticas. Quero ajudar a fazer melhor. Quanto ao resto devo dizer que a simpatia da organização fez esquecer os pontos débeis. Para o ano lá estaremos.